Azul das Pequenas Horas


Azul das primeiras horas do dia

Toque leve sob a alma do corpo.

Imagino ser totalmente sozinha. 

Mesmo que ninguém seja totalmente 

nada.


Sinto o vazio espreguiçar vida 

na travessia das água, nos sons 

estranhos, quimera das flores 

que desejam viver todas

uma eternidade.


Quem nunca olhou o tempo

com um mal estar 

de não quero saber nada disso. 


Que eu tenha a humildade 

de re-conhecer o limite 

dos corpos, da força da natureza, 

que me determina a transformar 

meus saberes.

A queda das pétalas, a verdade 

revelada das rugas sobrepondo-se à juventude 

da imagem, idolatrada, re-finada 

por um caminho de miragens.