Para minha Mãe
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Essa tonalidade de limoeiro
é o que me faz vertical
em diferentes alturas,
herdeira de expansões
repentinas, reverberação
de frutas imaginárias que nada querem
saber da minha singularidade
de pomo verde.
Neste corpo sólido, extraio
um suco cheio de ácidos,
inusitado nos diferentes andares,
e no espremer da polpa,
que revelam o bagaço do meu desejo,
sobra de carne de paladares outros,
doces fracassos onde não sou nada
além de um limão.
Video poema publicado em inglês na revista literária The South Shore Review.