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E se me tornasse noite, criança da escuridão.
Meu futuro está no inconsciente.
Meus braços em busca do norte,
o sol do inverno dobrando-se lentamente,
traçando o irremediável calor
outrora meu.
Olhos carentes por luz, pela fenda
da mulher que me sacia
graciosamente.
Gotas de suor descendo pela janela,
hipnotizadas com as chuvas torrenciais
de Vancouver, dias incessantes,
monocromáticos, nunca ousando mudar.
Se ao menos me tornasse noite, sem traços de sombras.
Nisto sou umidade e nudez das florestas.
Um esquecer de como me lembrar de você,
aterrorizada pelos impulsos ao sul do corpo.
Sexo outrora cinza, resíduo de uma antiga
proprietária – gênero totalmente novo
se para descobrir.
Publicado em Inglês na revista Apricity Press, Issue 7.