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Desde o início, os homens falam português. Banana não é banana porque a terra é laranja e as sementes parecem usar togas impermeáveis. Perto do rio, os caçadores carregam sinais de um grande deus indicando que os índios devem rezar. Em Portugal, as leis desfilam sobre suas cabeças. O deslumbre do vale é um parar no meio do caminho. Há ouro, gold, alguém grita com a língua estendida para fora. Quando as caravelas chegaram, o leite das flores estava azedo, e a areia empoeirada de vagalumes. Palavras não são words porque não carregam qualquer matéria escrita. Mensagens de uma terra distante em regalos e pequenas cruzes. Os anciões ficam perturbados e tocam a vestimenta pesadas dos homens como o sol se pondo no horizonte. De vez em quando alguém rouba um chapéu, coloca nas mulheres nuas, solta um grunhido e segue.
Poema publicado em The Birds We Piled Loosely.