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Do musgo raspado polidamente, brota do corpo um têxtil rasgado de vestidos arrancados, palimpsesto de mulheres a correr desvairadas ao longo dos pequenos montes, ávidas pelo bicho-da-seda larvado das árvores; elas, que uma a uma, afinam o saber lagarta, umedecendo-se no rio azul que socorre a criança presa na correnteza, calmamente equilibrada no vazio velado por nada. Um pouco mais, e teríamos outra infância roubada, alguém diz, ao sentir a força corrente da água. Sem saída, elas seguem o caminho, fio a fio delineando o mapa, criando sentido no limiar da seda.