À Fronteira da Letra

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Desejo feminino de vida: abismo entre

as palavras e o vão de outra criação

– um não saber fazer sentido.


A experiência desta janela é um eco na borda

da lógica, horizonte que define e resiste ao impulso,

à pulsão do asfalto que aspira à um só desejo.


Quando lembro das minhas rupturas simbólicas,

estou à margem da letra, desertora dos que

acham ter descoberto a completude do caminho:

do amor, isso sim, há volta, eu digo.


Por isso, essa sede tamanha, a boca

ávida água, comendo os nomes que me faltam

e ainda assim me ensinam: vá viver a sua vida.