Criaturas Invisíveis

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Frutas, laranjas, seis reais. O entardecer em Copacabana é pleno de farmácias e cremes de bronzear. Próxima à uma árvore, os passageiros esperam no ponto de ônibus. Secretamente, estou nua em português. Depois de um dia na praia, bebo café, e como pão de queijo. Há violência no brasil, sim, mas há muitas outras coisas também. De onde eu venho, a neve cai ocasionalmente, e a chuva congela os dedos. Apesar das árvores estarem mortas, eu anseio a chegada do verão, fantasiando a areia branca e macia, meus pés caminhando sobre intimamente com as criaturas invisíveis do calor. Nesta mesma vida, assisto novelas pela internet e sinto falta da minha família quando vou ao supermercado de frutas orgânicas. O desejo é encontrar frutas tropicais enquanto elas ainda estão lá. Guardar seu sabor pérolas preciosas, únicas e essenciais.

Poema publicado em inglês em Burningword Literary Journal