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Logo acima, numa árvore larga, pulando de galho em galho, os papagaios têm asas luminosas, azul cantante. Na América do Sul, o calor abafa todos os sons, exceto o agudo das cigarras, que se esfrega contra a madeira e revela o verde das samambaias, desbotando a memória das esmeraldas. Escondida sob o sol, a terra ainda é um tesouro de piratas e forasteiros. Das marcas do tempo, destacam-se o parque de diversões construído na aldeia e os nativos domesticados em roupas modernas. A trilha está repleta de turistas, que ora ou outra param para se refrescar nas águas. A corrente do rio, longa e tênue, rouba as sombras do sol e dobra a terra em curvas, deslizando como uma cobra.
Poema publicado em inglês em Westview.